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segunda-feira, 2 de março de 2015

Ortografia: Quando e como ensinar?

Oi pessoal!

Resultado de imagem para ortografiaQuem não tem dúvida em escrever algumas palavras que atire a primeira pedra! É comum ter dúvidas na grafia correta das palavras, não tenha vergonha. Os erros não são apenas de crianças que estão sendo alfabetizadas, encontramos pessoas em diversos níveis de formação acadêmica, até mesmo professores, pois usamos palavras informais frequentemente e não temos o hábito de aperfeiçoar nosso vocabulário. No caso as crianças eles escrevem o que falam e a partir da alfabetização é importante mostrar a forma correta das palavras, mas como ensinar a ortografia para as crianças? Essa é uma dúvida de muitos professores, então o post de hoje irá explicar isso.

É necessário estimular o aprendizado da língua que é oficial do país, no caso da língua portuguesa que nem sempre escrevemos o que falamos, assim é necessário que a criança tenha a percepção e compreensão das palavras certas para não criar hábitos de escrever errado.

Quando começar a ensinar?

Assim que o estudante começa a entender o sistema de escrita alfabética, geralmente no 1º ano, onde já aprendeu o valor sonoro das letras e consegue ler e escrever pequenos textos. Não passe para o aluno que ele irá aprender na hora certa, se surgir conflitos na hora da escrita devemos ajudar o aluno a refletir sobre os erros ortográficos, assim ele internaliza as regras naturalmente.

Por que escrevemos assim?

As crianças sempre indagam sobre algumas palavras e nós como professores devemos tirar suas dúvidas. É preciso deixar bem claro para os alunos que todas as regras ortográficas são fruto de uma convenção social, que são estabelecidas para padronizar a escrita.

O que o professor pode fazer?

Devemos criar meios de reflexão para que o aluno compreenda a partir de seus erros a forma correta. O professor deve ter um olhar individualizado para cada aluno e assim ter percepção das dificuldades e desafiar para obter aprendizado. Nunca um professor deve deixar o aluno na dúvida, deve sempre buscar formas para responder seus alunos.

Sabemos que o maior desafio do professor é elaborar situações didáticas que permitam à turma compreender as conexões entre a língua e a ortografia, mas é importante ter criatividade e conhecimento das dificuldades da turma, para tornar a escrita uma forma prazerosa e não algo difícil.

Quais atividades propor para os alunos?

A memorização não significa que o aluno vai decorar como se escreve as palavras (irregulares) através da repetição ou exercícios de treino descontextualizado e isolado, mas sim através de leitura, contos, recontos, escrita e reescrita (quando vai ser trabalhada a autocorreção, correção coletiva, em produções coletivas e correção individual). 

Para planejar a atividade o professor deve ter conhecimento das dificuldades.  


Teoria

A convenção que unifica a escrita das palavras em Língua Portuguesa exige algum esforço para ser compreendida. Observe abaixo os casos mais freqüentes, seguidos de exemplos práticos.

Regulares — São as palavras cuja grafia podemos prever e escrever, mesmo sem conhecê-las, porque existe um "princípio gerativo", regra que se aplica à maioria das palavras da nossa língua. As correspondências regulares podem ser de três tipos:

Diretas — Inclui a grafia de palavras com p, b, t, d, f e v (exemplo: pato, bode ou fivela). Não há outra letra competindo com elas, mas é comum a criança ter dificuldade para usá-las por causa do pouco conhecimento da pronúncia.

Contextuais — A "disputa" entre o r e o rr é o melhor exemplo desse tipo de correspondência. A grafia que devemos memorizar varia em função do som da letra. Por exemplo: para o som do "r forte", usamos r tanto no início da palavra (risada), como no começo de sílabas precedidas de consoante (genro). Quando o mesmo som de "r forte" aparece entre vogais, sabemos que temos que usar rr (carro, serrote). E, quando queremos registrar o outro som do r, que alguns chamam de "brando", usamos só um r, como em careca e braço. Essa variedade explica por que, a princípio, as crianças têm tanta dificuldade.

Morfológico-gramaticais — Nesse caso são os aspectos ligados à categoria gramatical da palavra que estabelecem a regra com base na qual ela será escrita. Por exemplo: adjetivos que indicam o lugar onde a pessoa nasceu se escrevem com esa (francesa, portuguesa), enquanto substantivos derivados se escrevem com eza (certeza, de certo; avareza, de avaro). Na maioria dos casos essas regras envolvem morfemas (partes internas que compõem a palavra), sobretudo sufixos que indicam a família gramatical.

Irregulares — Não há regras que ajudem o estudante a escrever corretamente. A única saída é memorizar a grafia ou recorrer ao dicionário. Elas se concentram principalmente na escrita:

• do som do s (seguro, cidade, auxílio);

• do som do j (girafa, jiló);

• do som do z (zebu, casa);

• do som do x (enxada, enchente);

• o emprego do h inicial (hora, harpa);

• a disputa entre e, i , o e u em sílabas átonas que não estão no final de palavras (seguro, tamborim);

• ditongos que têm pronúncia "reduzida" (caixa, madeira, vassoura etc.).

Texto retirado do site: Revista Escola


O próximo post mostrará sugestões de atividades, aguardem!

Espero que esse post tenha ajudado.


Beijinhos*

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