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quinta-feira, 26 de março de 2015

O que uma criança de 4 anos precisa saber?

Oi pessoal!

Antes de trazer os conteúdos para o blog, faço pesquisas e busco assuntos que vivencio diariamente, questionamos diversos assuntos com o grupo docente e um tema que indagamos foi o que é necessário uma criança de 4 anos saber? O blog “Up to lisbon kids” abordou esse assunto e mostrou o que de fato é importante uma criança de 4 anos saber. Acompanhe o post e veja.

O blog mencionado relatou uma situação bem comum, onde em uma confraternização na escola do dia das mães, essas reuniões é um encontro de famílias, veja a conversa:

“A minha filha de 4 anos sabe o alfabeto completo, soletra 10 palavras, e sabe fazer contagem decrescente desde o 100. Anda de bicicleta, monociclo e faz surf. Mas claro, o surf é só nos dias que não vai para o Ballet, porque a dança é mesmo a sua paixão desde os 2 anos… E a sua filha, o que é que faz?”
“A minha filha brinca!”
O que podemos constatar nessa conversa? Qual criança aproveita realmente sua infância?
Os pais geralmente ocupam o dia de seus filhos com muitas tarefas, com o propósito de se tornarem adultos de sucesso, afinal dessa forma irão possuir diversas habilidades e competências. Não é bem assim, onde fica o tempo para brincar?
Claro que é importante estimular a criança a prática de exercício físico, a fazer atividades diferencias e paralelas da escola, porém ela precisa realmente gostar de realizar a tarefa que é sugerida pelos pais, não deve ser algo obrigatório, mas um prazer. Outro ponto importante é a relação dos pais com a tarefa proposta, ao sugerir que faça por exemplo inglês é importante os pais terem uma participação ativa, assim além de aprender algo a criança terá uma relação com a família que irá proporcionar melhor aprendizado e desenvolvimento.
Essas tarefas não podem ocupar o dia inteiro da criança, ela precisa relaxar e brincar, afinal não queremos que se torne um adulto estressado com excesso de atividades. Muitas vezes reclamamos da nossa vida monótona e rotineira e tornamos a vida das crianças da mesma forma.
O site apresentou uma lista do que as crianças e pais precisam saber, segue abaixo:
Uma criança de 4 anos deve saber que:

o    É amada total e incondicionalmente, todo o tempo.
o    Está segura. Deve saber regras de segurança para se manter segura em público, com outras pessoas, e em situações diferentes. Deve saber que não tem de fazer coisas que não quer ou que com as quais não se sente bem, independentemente de quem lhe peça para o fazer. (Devemos mostrar a importância de realizar a atividade)
o    Deve saber rir com vontade e ser criativa. Deve saber que o céu pode ser pintado de cor de laranja se quiser, e que pode desenhar gatos de 6 pernas. Deve saber usar a imaginação.
o    Deve saber do que gosta, quais são os seus interesses e deve poder descobri-los e desenvolvê-los. Se não se interessa por números, os pais devem perceber que vai aprende-los sem querer, vai acabar por tropeçar neles e mergulhar nesse novo mundo deixando para trás os dinossauros, as bonecas ou as sopas de lama.
o    Deve saber que o mundo é mágico e ela também. Deve saber que é maravilhosa, brilhante, criativa, compassiva e única. Deve saber que é tão importante fazer colares de flores, castelos na areia, e casas de fadas como praticar a fonética.

Os pais precisam de saber que:

o    Cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer contas no seu próprio ritmo e isso não terá qualquer influência sobre a forma como ele vai andar, falar, ler ou fazer contas.
o    Os livros devem fazer parte da rotina familiar. Não são livros de atividades, não são infantis da moda, não são brinquedos com luzes ou computadores, mas sim a mãe ou o pai (ou os dois) a passarem tempo com os filhos e ler-lhes uma história.
o    Que o melhor aluno da turma nem sempre é o mais feliz. Não há nada que relacione o bom desempenho escolar nestas idades com a felicidade de cada criança. Às vezes estamos tão envolvidos a tentar criar vantagens na educação dos nossos filhos que acabamos por sobrecarrega-los com atividades, tornando o seu dia a dia tão estressante e preenchido como o nosso. Uma das maiores vantagens que podemos dar aos nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
o    Que os nossos filhos merecem crescer rodeados de livros, natureza, fontes da arte e ter a liberdade para explorá-las. A maioria de nós poderia livrar-se de 90% dos brinquedos dos nossos filhos que não faria qualquer diferença, mas há algumas coisas que são importantes: brinquedos construtivos, como legos e blocos, brinquedos criativos, como todos os tipos de materiais de arte, instrumentos musicais, vestir roupas e disfarces e livros , livros , livros. 
o    Que os nossos filhos precisam mais de nós. Mais do nosso tempo. As revistas para pais recomendam que consigamos dedicar 10 minutos diários a cada filho e que as famílias devem organizar pelo menos um sábado de atividade conjuntas. Isso não é o suficiente! Os nossos filhos não precisam dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé ou do futebol como precisam de nós.
o    Precisam de pais que se sentem e conversem com eles sobre como foi o dia, de mães que façam trabalhos manuais com eles. Precisam de pais que leiam histórias com eles e façam diferentes vozes para os personagens, só porque é mais divertido.
o    Precisam de pais que passeiem com eles e não se importem de fazer o trajeto a velocidade caracol, e se necessário uma parte ao colo. 
o    Precisam de pais que tenham tempo para os deixar ajudar a fazer o jantar, ainda que muitas vezes só atrapalhem.
o    Precisam de saber que são uma prioridade para nós. Que estão à frente de tudo, e que nós, pais, gostamos realmente de passar tempo com eles.

Devemos fazer uma reflexão das nossas atitudes diante das crianças, por que não queremos formar adultos frustrados. Se tornar uma pessoa bem sucedida é uma consequência de suas próprias escolhas, se ele quiser fazer futebol e ela balé é uma escola e não uma obrigação. Brincar é bom e faz parte da infância, não tire isso dos seus filhos, pelo contrário, curta essa fase com eles.
http://uptolisbonkids.com/2014/05/10/o-que-deve-saber-uma-crianca-de-4-anos/
Espero que gostem.

Beijinhos*

segunda-feira, 23 de março de 2015

A separação influencia na vida escolar da criança?

Oi pessoal!

A cada dia que passa a família está se transformando, existem casos tão divergentes que infelizmente devemos olhar com naturalidade. A sociedade não expõe suas opiniões com medo de sofrerem opressões, mas infelizmente essa é a realidade, devemos ocultar e omitir para não ser condenados. Triste realidade dos dias atuais.

Uma das modificações é a separação que hoje está cada vez mais habitual, os casamentos não duram mais, as pessoas esquecem da mensagem de Deus para o mundo, “o que o Deus uniu o homem não separa”. Podem existir diversos motivos para haver a separação, mas as consequências que podem trazer a uma família, especificamente aos filhos podem ser traumatizantes.

Vamos entender o que a separação pode interferir na educação e no comportamento da criança e ver a melhor forma de explicar a ela essa decisão, acompanhe o post.

Diante da  separação dos seus pais, muitos filhos tornam-se rebeldes, malcriados ou deprimidos, e esta situação logo se refletirá de uma maneira negativa no seu desenvolvimento na escola, no seu contato com a família, e em sua convivência social, o que fará com que passem a buscar outras saídas não adequadas e benéficas para seus conflitos.

A separação atrapalha na escola?

Independente da faixa etária a criança necessita do apoio e estimulo dos pais para que possam se desenvolver de forma saudável na escola, A ausência de um ou de ambos pode afetar bastante. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Glia avalia que filhos de pais separados têm 46% mais chances de ter baixo desempenho na escola e duas vezes mais probabilidade de desenvolver uma doença mental do que crianças com pai e mãe casados.

É importante lembrar que...

Nada é uma verdade absoluta, ou seja, crianças com famílias estruturadas também podem sofrer com dificuldades da escola.


Existe uma estreita relação entre lar e escola, por isso uma grande parte dos problemas educacionais infantis continua a ser originado no lar. O relacionamento entre pais e filhos e a harmonia do casal são elementos fundamentais para a obtenção de um bom desempenho escolar.

O que acontece no âmbito familiar da criança, interfere no seu emocional, podendo apresentar comportamentos prejudiciais no desempenho escolar, na separação pode ser amenizado, quando os pais mesmo que separados, dão atenção e participam da educação dos filhos, essa participação dos pais na aprendizagem é de suma importância, pois mostrar interesse, dedicação e se esforçar para acompanhar esse processo é valorizado pela criança.

De contra partida, existem casos dos filhos ficarem abandonados, sozinhos, sem orientação e cobrança adequada, pois os pais estão preocupados demais com a separação e com problemas individuais que esquecem dos filhos. O problema não seria a separação em si, mas como os pais deixam o fato influenciar a vida do filho, expondo-o as brigas constantes, fazendo dele um meio de comunicação entre os adultos, muitas vezes de forma manipulativa, ou privando-o de uma rotina organizada e assistida.

O papel do educador

Apesar da separação dos pais não levar, obrigatoriamente, ao mau desempenho escolar, muitos alunos enfrentam essa dificuldade em maior ou menor grau. Nessa situação, os professores muitas vezes são os primeiros a presenciar mudanças no comportamento desse aluno e cabe a eles identificar a fonte do problema e prestar ajuda, seja no âmbito escolar, seja ao fazer um alerta aos pais.

As crianças apresentam diversas características que devem ser observadas pelo professor como, alguns se mostram mais dispersos, apáticos, não demonstram interesse e envolvimento com as atividades, outros são hiperativos e agitados. A reação da criança deve ser informada aos pais, cada que juntos possam resolver essa situação.

A conversa com os pais deve abordar aspectos exclusivamente escolares, sem interferir na vida pessoal do aluno e de sua família.  O professor pode ajudar a família a se organizar melhor, mostrar para os pais quanto o filho está sofrendo, procurar alternativas e soluções, a coordenação deve explicar aos pais que a participação na vida escolar de seus filhos, desde que não invasiva e estimulando sua autonomia, pode influenciar de modo efetivo o desenvolvimento escolar. É necessária para filhos de pais casados, separados, órfãos de pai ou de mãe, ou seja toda criança necessita dessa participação.

É importante deixar claro para a criança o que está acontecendo, expor realmente a situação. Mostrar para a criança os benefícios que irá ter com isso, como por exemplo, terá duas casas para brincar, desta forma facilitará a aceitação. Não deve chantagear e subornar a criança, seja verdadeiro, afinal qualquer ação errada terá consequências no futuro.

Espero que tenham gostado.


Beijinhos*

sexta-feira, 20 de março de 2015

Contação de histórias

Olá pessoal!

Hoje como o dia do contador de histórias, o post não poderia ser diferente, vamos falar sobre como contar histórias e por que é tão importante para no processo de leitura e escrita. Acompanhe o post. 

Contar histórias é uma atividade que ocupa a imaginação humana há milhares de anos. Gente de todos os lugares conta histórias para divertir, ensinar, relembrar ou apenas passar o tempo. As pessoas começaram a contar histórias muito antes da escritater sido inventada. O contar e ouvir histórias remete a essa prática histórica da oralidade, proporcionando aos ouvintes o enriquecimento do vocabulário e o compartilhamento de experiências.

Na formação de uma criança, ouvir histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo. O contador trabalha a linguagem oral abrindo caminhos para que aprendamos a falar, escrever, ler e pensar melhor.

Tipos de narrativas:

Mitos:  explicam como um determinado povo acredita, ou certa vez acreditou, em como se deu a origem do mundo. Outros mitos podem explicar como as pessoas foram criadas, por que chove ou por que existe o mal no mundo.

Contos populares ou folclóricos: são outra forma de histórias que surge em diversas culturas. Eles podem ser muito similares aos mitos. Essas narrativas podem ser engraçadas, causar medo ou contar uma aventura incrível. Alguns contos folclóricos falam sobre heróis poderosos, bruxas, ladrões, fantasmas, caipiras, animais que falam ou gente comum.

Quadrinhas e cantigas infantis, fábulas, contos de fadas, parlendas e outras brincadeiras com as palavras também fazem parte das narrativas folclóricas de um povo.

Fábula: é uma história curtinha que ensina uma lição sobre como as pessoas devem se comportar. Geralmente, tem um personagem animal, que fala e age como uma pessoa.

Contos de fadas: falam sobre seres mágicos como fadas, bruxas, dragões e duendes, entre outras criaturas fantásticas.
Parlendas ou os trava-línguas: são formas de entreter a criança com versos curtos. Onde traz rimas e desafia a criança na linguagem.

Algumas dúvidas:

O termo 'Contaçao de histórias' existe?
Não gramaticalmente. O termo é uma expressão relativamente recente, livremente traduzida e adaptada de países de língua castelhana "cuentacuentos", que pode significar tanto o ato de se contar histórias, quanto o próprio contador. Na língua inglesa, temos o termo "Storytelling", que é o ato, ou capacidade de se narrar um fato, ou história, de improviso, ou planejadamente, usando diversos tipos de recursos, ou um apenas. Os termos que se encontram foram do uso oficinal da língua, mesmo que nela não encontrem referência nos dicionários e acordos ortográficos, sim, fazem parte da nossa língua, desde que não seja um erro ortográfico ou de construção verbal.

Repetir a história faz bem para as crianças?

 Sim. Principalmente as crianças pequenas, até os seis anos, precisam e solicitam que recontemos as mesmas histórias repetidas vezes. Se assim fazemos, fortalecemos as imagens e mensagens das histórias e criamos uma segurança linguística e afetiva com os pequenos. Além disso, o vocabulário infantil está sempre aumentando. Cada vez que contamos a mesma história, ela será ouvida, compreendida e vivenciada de forma diferente a cada nova repetição.

Qual a duração ideal de uma história?

Dependerá do número de crianças, da faixa etária e da técnica escolhida para a contação. Geralmente, as crianças mantêm o mesmo tempo de concentração que possuem para outras atividades similares, tais como: brincar com objetos; folhear revistas em quadrinhos; brincar de pega-pega... Observe quanto tempo, em média, elas ficam numa mesma atividade sem desviar a atenção e programe sua contação com a mesma duração.

Trocar, ou adaptar cenas/acontecimentos de histórias conhecidas é aconselhável?

Apesar de ser um tema com opiniões diversas, acredito que sim, de acordo com a faixa etária, pois, as crianças muito pequenas podem se traumatizar ao descobrir que coisas terríveis podem acontecer com os personagens e acredita que aquilo possa se tornar real, ou seja, se a mãe da menina da história morreu, ela fica com medo de sua mãe também morrer. Ora, dependendo da idade, isso pode ser traumático. Já as crianças maiores já sabem e conhecem vários fatos e naturezas da vida humana e não se importam, ou se traumatizam com alguns fatos ocorridos na história que, muitas vezes, são iguais, ou até mesmo mais suaves do que já vivenciou com a sua família.

Fantasia e maquiagem ajudam a contar histórias?

Dependerá da sua proposta e da faixa etária para a qual você irá contar a história. Podemos contar brilhantemente histórias sem maquiagem, figurino, ou outro apoio. Mas, dependendo da idade das crianças, tais recursos criam uma magia ou realismo que dotam o contador com a qualidade visual que o personagem da história necessita. As crianças muito pequenas podem se assustar. Então, o bom senso será a melhor conselheira neste momento.

Mostrar ou não mostrar as ilustrações nos livros?

Na maioria das vezes é difícil não mostrar. Se você escolheu contar história com o livro, estabeleça, desde o início, as regras. Ou você mostra antes, durante, ou depois, mas deixe isso bem claro. Mostrar, ou não, dependerá mais da sua proposta pedagógica.

Como contar história para crianças hiperativas?

Chamar a sua atenção e conseguir que se concentrem na história não é tarefa fácil. Podemos fazer dinâmicas, brincadeiras e músicas para introduzir a história e colocar elementos que elas tenham interesse. Logicamente, nem toda a criança é igual a outra e os interesses mudam. Assim, conhecer seu grupo é importante. Uma boa maneira é deixar a história cheia de altos e baixos e solicitar, ora, ou outra, a ajuda e participação das crianças.

Histórias de terror antes de dormir atrapalham o sono?

Qualquer mãe irá saber a resposta dessa pergunta, sim. Mesmo adultos e adolescentes quando assistem a filmes, ou reportagens com cenas fortes no final da noite se acometem de pesadelos, ou dificuldades para dormir, quem dirá os pequenos. Por isso mesmo, as histórias para dormir devem ser mais tranquilas, até mesmo extensas, para estimular o sono. Porém, é saudável contar estas histórias no início da noite, quando se vai demorar ainda para se dormir, dando tempo para outras brincadeiras e dominar os possíveis receios e medos estimulados na história.

As histórias ajudam no comportamento das crianças?

Certamente. Quanto menores as crianças, menos experiências sociais e conhecimentos ela possui. A história ajuda na descoberta de atitudes e ações, dando exemplos de possíveis consequências (boas, ou ruis) de cada ato que os personagens fazem. Mesmo sem explicações elas percebem as escolhas de cada personagem e discernem o "certo" do "errado", ou fortalecem qualidades como: força de vontade, determinação, compaixão, entre outros sentimentos
Posso conta mais de uma história numa mesma atividade?
Sim. Não há regras para contar histórias. Tudo dependerá da atividade, do tempo disponível para a contação e quantas crianças estarão assistindo. Quando maior o número de histórias que pretendemos contar, mais curta e coesa e dinâmica devem ser, para prender a atenção das crianças durante todo o tempo.

Veja!

CONTIGAS DURANTE A HISTÓRIAS:

Escolher as músicas é essencial. Veja se seu público está na faixa etária correta de determinadas músicas e se as músicas se encaixam na história, ou são apenas decorativas. A música deve entrar para criar um clima que seja pedido na história, ambientar uma situação, emprestar uma sensação, ou sentimento ao personagem, ou acontecimento

Dica!

INTERPRETAR OU NARRAR: Quando maior a criança, mas ela se sentirá confortável e atraída pela representação, pelo faz de conta, quanto menor a criança terá atração por narrativa rica e sonoridade e onomatopeia, rimas e musicalidade.







Recursos para ser usado na contação:

- Sucata: pode-se confeccionar instrumentos musicais e até personagens, de forma lúdica, aumentando o leque de atividades em torno da contação de histórias.
- Fantoches: podem ser usados para ilustrar as histórias contadas.
- Televisão de papelão: trata-se de uma imitação de um aparelho de televisão, normalmente, apenas a parte frontal desenhada numa caixa de madeira ou papelão, que vai emoldurar as ilustrações.
- Senário: Oferecer um ambiente confortável e atrativo é importante, para que a criança sinta prazer e vontade de ouvir a história.
- Representação: Uma representação com diferentes personagens usando máscaras e oferecer as crianças para que contem suas próprias histórias.
- Dia do livro: Incentivar crianças de qualquer faixa etária a importância do livro, com o dia do livro, onde cada criança pode levar para escola, contar para os amigos e trocar os livros.
- Livro viajante ou maleta do livro: É escolhido um livro de preferência da turma, para levar para casa e contar a história para os pais, no retorno deverá compartilhar a experiência com a turma.
- Avental das histórias: Contar histórias onde os personagens ou objetos da história saem do bolso do avental, é uma forma de contar, fazendo uma surpresa dos fatos narrados.

*Existem várias formas de contar histórias apresentei algumas, se vocês conhecerem outras deixem nos comentários.

O post ficou longo, mas bem objetivo. Espero que tenham gostado.

Beijinhos*

quinta-feira, 19 de março de 2015

Filosofando: Idealismo x Realismo

Oi!

Antes de começarmos a falar sobre os filósofos, temos que entender um pouquinho a origem das ideias que surgiram a partir de duas correntes filosóficas, realismo e idealismo. Acompanhe o post e entenda.

Idealismo

O Idealismo é a escola do pensamento educacional promovida por Platão em 400 a.C. Ele achava que humanos poderiam progredir de dentro para fora, corrigindo seus pensamentos e descobrindo o conhecimento desde o nascimento. O Idealismo se concentra no raciocínio e na maneira pela qual a pessoa pode trazer à tona o conhecimento que tem dentro de si. Na sua visão, o mundo existe somente na mente das pessoas e esta verdade definitiva reside em uma consistência de ideias. Portanto, quanto mais perfeitas tornam-se nossas ideias, melhor podemos servir ao mundo.

Realismo

O Realismo é a escola de pensamento educacional promovida pelo aluno de Platão, Aristóteles. Essa escola afirma que a única realidade é o mundo material, que o estudo do mundo exterior é o único meio confiável de encontrar a verdade; o mundo é um fenômeno objetivo ao qual a nossa mente precisa aderir. Conseguimos cada vez mais conhecimento através do estudo adequado do mundo. No Realismo, uma pessoa é um vaso vazio de conhecimento, e este só pode vir de fora do ser, através da observação. Essa filosofia foi a mãe do método científico, um sistema de investigação baseado em fatos objetivos.

A filosofia e o professor

Realismo e Idealismo são fundamentalmente visões opostas e a filosofia de um professor ficará evidente em sala de aula. Um idealista, por exemplo, ansiará pelo papel de mediador, guiando os estudantes em direção à verdade. Os estudantes serão capazes de procurar pela verdade independentemente, pensando livremente, sob a orientação cuidadosa do professor. Como mediador, o professor não assumirá o papel de autoridade absoluta, mas será um guia gentil para o estudante. Um realista, em contrapartida, almejará infundir conhecimento nos estudantes de fora para dentro. Esse professor procurará empregar o método científico de hipóteses e o estudo cuidadoso sobre o uso da pura razão lógica, como o que se encontra na educação idealista. O Realismo tem a ver com o behaviorismo, que é um sistema de aprendizado por meio de castigo e recompensa. Confiando unicamente na informação do mundo exterior, o Realismo não leva em consideração o pensamento original do estudante. O professor será visto, então, como a maior autoridade, uma figura à qual os estudantes precisam responder e não um guia que pode ser questionado.

Esse post é um introdutório para nossos estudos filosóficos, para entender suas ideias e princípios é necessário estudarmos as correntes filosóficas. Assim iremos compreender a contribuição de cada filosofo para a educação que influencia até os dias atuais.

Espero que tenham gostado do post.
Aguardem os próximos posts.
Beijinhos*



segunda-feira, 16 de março de 2015

5 atividades com rimas

Oi pessoal!

Sempre enfatizo no blog a aprendizagem significativa, pensando nesso trouxe um recurso muito utilizado na alfabetização, as rimas. Como trabalhar com rimas de forma lúdica? Acompanhe o post.

Primeiramente vamos compreender o que é rima...

É uma homofonia externa, ou seja, constante repetição da última vogal tônica do verso e dos fonemas que eventualmente a seguem. Ah?! Às vezes é mais fácil compreender na prática do que na teoria. Por isso mostrar na prática com as crianças faz com que assimilem melhor o que é rima.


Dica:
Antes de falar sobre rima é importante que o professor questione os alunos para saber o que sabem.
Após leia um texto curto como narração e um poema e perguntem o que perceberam nos dois textos.



Atividades com rima:

1ª ATIVIDADE

Em uma caixa coloque palavras que rimem com os nomes dos alunos, cada criança irá pegar uma placa e encontrar o colega que rima com a palavra.

2ª ATIVIDADE

Leia o poema INFÂNCIA, da autora Sônia Miranda, pois a partir dele os alunos podem brincar com as palavras, uma vez que irão ouvir e ler rimas sobre o nome de crianças e brincadeiras, o que pode tornar o momento da aula bastante prazeroso.

Escreva-o em um papel pardo para apresentar à turma e afixar no quadro.


INFÂNCIA

ANINHA
PULA AMARELINHA

HENRIQUE
BRINCA DE PIQUE

MARÍLIA
DE MÃE E FILHA

MARCELO
É O REI DO CASTELO

MARIAZINHA
SUA RAINHA

CAROLA
BRINCA DE BOLA

RENATO
DE GATO E RATO

JOÃO
DE POLÍCIA E LADRÃO

JOAQUIM
ANDA DE PATINS

TIETA
DE BICICLETA

E JANETE
DE PATINETE

LUCINHA!
EU ESTOU SOZINHA.

VOCÊ QUER BRINCAR
COMIGO?


Antes de iniciar a leitura pergunte aos alunos se sabem o título do poema, se alguém conhece e depois faça a leitura em voz alta.
Em seguida, proponha uma atividade de leitura para os alunos tentarem localizar o nome das crianças e das brincadeiras que aparecem no poema. Veja algumas sugestões:

·         Atividades de reflexão sobre a escrita, análise e comparação de letras, sílabas inicial e final;
·         Identificação dos nomes das crianças com o lápis de cor azul;
·         Identificação dos nomes das brincadeiras com o lápis de cor vermelho;
·         Identificação dos nomes dos brinquedos com o lápis de cor verde;
·         Destaque no texto palavras que rimam, relacionando nomes apresentados no poema às brincadeiras correspondentes.

Convide os alunos, um por vez, para localizar e circular no poema o nome de uma criança, por exemplo, CAROLA. Faça intervenções que orientem o aluno a encontrar o nome.

·         Onde está escrito o nome CAROLA?
·         Qual o som inicial do nome CAROLA?
·         Onde está escrito CA?

Logo após, peça para encontrar no texto, e sublinhar, a brincadeira da referida criança, no caso BOLA.

·         CAROLA brinca de quê?
·         CAROLA rima com...?
·         Onde está escrita a palavra BOLA?
·         Qual é o som inicial da palavra BOLA?
·         Como eu escrevo BO?

Além de brincar com as palavras e encontrar rimas, as crianças têm que localizar as palavras dentro do texto, com isso elas desenvolvem a consciência das palavras por um lado e, por outro lado fazem correspondências entre parte do escrito e parte do falado.
 Aproveite a temática e liste as brincadeiras mais conhecidas dos alunos. Para tanto, organize a turma em duplas e solicite que escrevam em uma folha de papel fornecida por você, o nome de uma brincadeira. Em seguida, recolha os papéis e registre na lousa o nome das brincadeiras do jeito que os alunos escreveram, pois pode acontecer falta ou troca de letras.
Exemplos:

·         BOL      DI    CUDE
·         BOLA   DE   GUDE

Esse momento de elaboração de hipóteses e de participação ativa da turma oportuniza aos alunos a pensarem sobre as possibilidades de escrita dessas palavras, na medida em que permite que eles reflitam sobre a correspondência entre sons e letras e isso é extremamente importante no momento da apropriação do sistema de escrita.
Registre também atividades de interpretação do poema, disponibilizando-o para todos os alunos colarem no caderno de Língua Portuguesa.

1)    Responda:

a)    Qual é o título do poema?
b)    Quem escreveu o poema?
c)    Quem no texto está sozinha?
d)    Que pergunta ela faz no poema?

2)    Escreva o nome das crianças do poema.

3)    Numere a segunda coluna de acordo com a primeira. De que brincam as crianças do poema?

Fonte: Acervo da autora.

4)    Escolha duas personagens do poema e desenhe suas brincadeiras:

NOME DA PERSONAGEM:
___________________________________________
BRINCADEIRA:
___________________________________________



NOME DA PERSONAGEM:
___________________________________________
BRINCADEIRA:
___________________________________________


5)    Escreva outras palavras que rimem com:

Aninha – amarelinha ______________________________________________
Marcelo – castelo ________________________________________________
Renato – rato ____________________________________________________

6)    Volte ao poema INFÂNCIA e pinte cada rima que aparece no poema com uma cor diferente.


3ª ATIVIDADE

 A utilização da música na alfabetização é muito significativa, pois favorece a interação sociocultural, além de contribuir no desenvolvimento cognitivo do aluno aflorando a sua criatividade, facilitando assim a sua aprendizagem na leitura e na produção escrita. Portanto, é muito importante desenvolver a música nos processos de alfabetização e letramento.
Nesse momento, vamos realizar um trabalho com um poema musicado de Vinícius de Moraes. Os poemas musicados desse compositor podem ser encontrados no CD “A arca de Noé”



Em seguida, cole a letra do poema musicado no caderno e proponha que os alunos realizem as seguintes atividades:

1)    Complete o poema musicado com as rimas que estão faltando:

A Casa
Era uma casa
Muito ____________
Não tinha teto
Não tinha ___________

Ninguém podia
Entrar nela _____________
Porque na casa
Não tinha ____________

Ninguém podia
Dormir na ____________
Porque na casa
Não tinha ____________

Ninguém podia
Fazer ______________
Porque penico
Não tinha ______________

Mas era feita
Com muito ______________
Na Rua dos Bobos
Número ______________


2)    Preencha as lacunas completando as palavras:

A Ca__



Era uma ___sa
Mui___ engraça____
Não __nha __to
Não ___nha na____

Ninguém ___dia
Entrar ___la não
Porque __ Ca___
Não ti___ chão

3)    Reescreva este outro trecho na ordem correta.

DORMIR NA REDE
NÃO TINHA PAREDE
NINGUÉM PODIA
PORQUE NA CASA

_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________


Organize a turma em duplas e solicite que os alunos escrevam um poema parecido com “ A Casa”. Eles devem inventar outras coisas irreais para tornar essa casa mais engraçada. Prepare uma folha de papel para cada dupla para preencherem as lacunas com palavras que indiquem uma moradia, os objetos ou cômodos que existiriam e imaginem coisas que as pessoas poderiam fazer nela.
Oriente os alunos a pensarem em palavras que rimem para manter as mesmas características do texto original. Caso os alunos sintam dificuldades, elabore coletivamente, uma lista de rimas na lousa, a fim de que possam consultá-la durante a escrita. Veja um exemplo:

ERA UM PRÉDIO.
MUITO GRANDÃO.
NÃO TINHA ELEVADOR.
NÃO TINHA PORTÃO.

NINGUÉM PODIA
______________________
PORQUE _________________
NÃO TINHA _________________

NINGUÉM PODIA
_________________________
PORQUE _________________
NÃO TINHA _________________


NINGUÉM PODIA
_________________________
PORQUE _________________
NÃO TINHA _________________

MAS ERA __________________
COM MUITO _______________
NA RUA ___________________
NÚMERO __________________

4ª ATIVIDADE 

Por serem facilmente memorizadas, as cantigas podem contribuir para que os alunos compreendam as relações que as letras mantêm com os sons, facilitando o trabalho com os alunos que ainda não relacionam letra/som. As atividades que exploram as rimas favorecem o desenvolvimento da compreensão leitora e a construção da escrita.
Explore uma obra de arte que retrate brincadeiras de roda, sugerimos: Ronda Infantil, de Candido Portinari (1932). 

Contextualize a obra de arte com o objetivo de construir conhecimento e ampliar o repertório cultural dos alunos. Indague à turma:

·         O que vocês veem nessa cena?
·         O que chama mais a atenção?
·         O que as crianças estão fazendo?
·         Vocês podem imaginar onde elas estão? Será que moram numa grande cidade? Justifiquem.

A seguir mostre o desenho de algumas crianças brincando de roda



Pergunte à turma:
·         Vocês conseguem imaginar que músicas as crianças estão cantando? Converse com os colegas e escreva o nome de algumas músicas que vocês pensaram.
Socialize as hipóteses dos alunos, fazendo no quadro uma lista geral da turma.
As cantigas de roda fazem parte do nosso folclore e servem para brincar e divertir. Indague os alunos:
·         Quais cantigas vocês conhecem?
·         Quais brincadeiras usam cantigas?

Elabore um painel com as letras das cantigas e convide os alunos a cantarem e a brincarem de roda.

Promova um momento de brincadeira com as palavras. Diga à turma: “vocês sabiam que para cantar usamos bastante a memória? Vamos ver se vocês sabem muitas cantigas de cor”.
Prepare um saquinho com palavras que encontramos em cantigas infantis, por exemplo: Tororó, Borboletinha, Quartel, Alecrim, Canoa, Barata, dentre outras.
Retire uma palavra do saquinho, quem souber uma cantiga que tenha essa palavra levanta a mão e canta para a turma, se mais de um aluno levantar a mão poderão cantar todos juntos.
Para a brincadeira ficar mais emocionante, organize a sala em dois grupos para ver qual grupo conhece mais cantigas.
Em dias subsequentes, proponha que os alunos cantem apontando a letra da música com um lápis, a fim de ajustarem texto/leitura, e que a leiam. Organize brincadeiras de roda, com as cantigas escolhidas no repertório da turma.
Em seguida, providencie um cartaz com alguma cantiga de roda e leia para a turma. Exemplo:

BORBOLETINHA
TÁ NA COZINHA
FAZENDO CHOCOLATE
PARA A VIZINHA
POTI, POTI, PERNA DE PAU,
OLHO DE VIDRO
NARIZ DE PICA-PAU.

(Cantiga Popular)


Em seguida, faça algumas intervenções:
·         Destaque no cartaz a palavra BORBOLETINHA e pergunte à turma se alguém sabe o que é, se alguém já viu.
·         Indague se alguém sabe onde está escrito a palavra BORBOLETINHA.
·         Pergunte o que essas palavras têm em comum: COZINHA - VIZINHA.
·         Espera-se que os alunos digam: O ZINHA de COZINHA é o mesmo de VIZINHA, vejam VI-ZI- NHA, CO-ZI-NHA (fale a ultima sílaba mais alto).
·         Pergunte se há outras palavras com esse som final que não estavam no texto.

A seguir proponha atividades de registro:
1)    Complete as lacunas com as palavras da cantiga

____________________
TÁ NA __________________
FAZENDO CHOCOLATE
PARA A __________________
POTI, POTI, PERNA DE PAU,
OLHO DE VIDRO
NARIZ DE PICA-PAU.

2)    As palavras que completam a cantiga terminam com o mesmo som. Escreva outras palavras que rimem com:

BORBOLETINHA

COZINHA
VIZINHA


Num momento seguinte, prepare uma atividade de complementar a cantiga de roda, propondo questões que explorem as rimas. O texto sugerido é o poema de Vinicius de Moraes: “As borboletas”. Faça comparações com os alunos sobre a diferença entre o gênero cantiga de roda e o gênero poema.


Disponibilize em um cartaz o poema: As borboletas, de Vinícius de Moraes.

AS BORBOLETAS

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então…
Oh, que escuridão!

Nesse poema os alunos encontrarão as seguintes rimas entre as palavras: “PRETAS e BORBOLETAS”, “BRANCAS e FRANCAS”, “AZUIS e LUZ”, “ENTÃO e ESCURIDÃO”.

Organize cruzadinhas com palavras do poema associadas às figuras;
Prepare palavras com lacunas faltando as sílabas finais. O aluno deverá tentar preencher os espaços em branco corretamente;
·         Após a leitura, realize um “CAÇA-RIMAS”, com algumas palavras do poema, solicitando aos alunos que coloram da mesma cor as palavras com segmentos sonoros iguais.




  
As atividades complementares se tornam relevantes, pois enriquecem a aula e possibilitam aos alunos que reflitam mais sobre as palavras enquanto sequência sonora, o que contribui significativamente para a compreensão dos princípios do nosso Sistema de Escrita Alfabética.
5ª ATIVIDADE
Ler o livro “ Não confunda” de Eva Furnari

 Resultado de imagem para LIVRO NÃO CONFUNDA


Antes de iniciar qualquer trabalho com rimas deve-se fazer uma reflexão com o conhecimento prévio das crianças. Onde eles possam expressar suas opiniões e trazer para a aula sua bagagem e assim compartilhar com a turma.

Após a leitura eles deverão procurar palavras que rimem com seus nomes. Deverão construir um livro da turma baseado no livro “Não confunda”.  Cada criança irá escolher sua rima e ilustrar na sua página do livro.

É importante para qualquer atividade a intervenção do professor, ajuda a criança a enriquecer seu conhecimento. A criatividade é muito valida nessas atividades, por tanto valorize cada resposta e colocação do seu aluno, não retraia seu aluno, dê possibilidades de se expressar.

As atividades podem ser adaptadas para cada turma.

Espero que tenham gostado.

Beijinhos*