Olá pessoal!
Hoje iremos indagar a questão da indisciplina em sala de aula, quais
fatores levam os alunos ao mau comportamento? Existe uma solução para esse
problema? Quem pode ajudar e auxiliar o educando e o educador? São tantas
perguntas em relação a esse tema, que muitos professores apenas ignoram a
situação por não saber como agir. Então o post de hoje irá auxiliar professores
e pais a enfrentar esse desafio. Acompanhe.
A sociedade está em constante transformação, onde a falta de limites e a decadência
de princípios básico como respeito ao próximo, de solidariedade, de quebra de
fronteiras, é uma questão de comodidade. É muito mais fácil se adaptar ao
ilimitado do que viver regido por regras, por limites. Essa é a dificuldade da
questão. O jovem se adapta a sociedade sem limitações e se depara com a escola regido
por regras, desta forma causa um impacto. A escola é obrigada a limitar os maus
hábitos adquiridos fora dela, para que o aluno tenha um bom comportamento, portanto,
por este motivo, a escola acaba sendo julgada como opressora, retentora da
liberdade dos alunos, ultrapassada, limitadora. Ao ocorrer este conflito, a
indisciplina se aflora, pois, nasce da divergência de valores.
Indisciplina
e Família
A instituição familiar é a base para um bom comportamento tanto
dentro da escola como na sociedade, pois é onde se desenvolve os princípios ou
melhor onde deveriam desenvolver. A educação é fundamentada dentro de casa,
onde os familiares sustentam o que é certo e errado. Porém, está base está precária
e sobra para a escola, principalmente para os professores ajudar esses alunos.
O interesse de auxiliar esses alunos não acontece pela a maioria dos professores
e assim jogam novamente para a família, onde ambos não fazem nada para mudar e
assim a situação se agrava.
“... Muitas das vezes, a família não educa, não dá
referências básicas e transfere para a escola esta tarefa...”. (Vasconcellos,
2013)
Tudo começa no núcleo familiar. Os valores que precisamos carregar para
exercer a cidadania são adquiridos no seio da família. À família
é resguardado o dever de transmitir valores tais como: respeito (em seu
amplo sentido), ética, humildade, dignidade, deveres etc. A ausência desses
valores faz emergir o conflito na escola, criando alunos rebeldes, professores
impotentes, educação fracassada. Por isso, a falta de compromisso da família
para com a educação dos seus membros, causa o crescimento da indisciplina,
dentro e fora da escola.
O que fazer:
É essencial que a família seja participativa no desenvolvimento integral
da criança, onde devem ter um trabalho de parceria com a escola. Acompanhar o comportamento
na escola e em casa e assim verificar o que pode estar causando esse mau comportamento.
Para evitar o problema, devemos orientar desde pequenos, para que cresçam com a
percepção e conhecimento de que existem regras que devemos segui-las.
Indisciplina
e Professor
A algum tempo atrás, o professor era considerado mestre, tinha o poder
dentro da sala de aula, os alunos o obedecia, pelo simples fato de não receber
castigo, havia um Currículo Disciplinar Instrucionista. Com ele era possível
“domar” os alunos; os manter sobre “rédeas” curtas. Nessa época, mas também
além dela, eram evidenciados os castigos físicos e psicológicos contra os
educandos. Com o passar do tempo, e com a condenação dessas ações, o professor
foi se adaptando às novas realidades e criando meios punitivos para “combater”
as questões de indisciplina. As palmatórias, os cintos, as cordas e os cipós
foram substituídos pelas avaliações.
Por este motivo, as avaliações carregam através dos séculos o seu
caráter punitivo, sendo sempre cercada por um tabu irremovível. Porém, em dias
atuais, percebe-se cada vez mais claramente a ineficácia desse método opressor.
Os alunos submetidos aos exames com este fim aparentam ainda mais indisciplina
e repulsa contra os professores. Sem dúvida este método não resolve, apenas
agrava.
Um dos meios utilizados hoje é a transferência de responsabilidade do
professor para a coordenação ou direção. Mas isso não é apenas uma questão de
responsabilidade, é também um caso de impotência e geração de mais
indisciplina. O professor, quando não consegue conter os ânimos na sala de
aula, encaminha o aluno à sala da direção ou coordenação demonstrando ao aluno
sua impotência, sua fraqueza. Este, por sua vez, repete os atos indisciplinados
por entenderem esta fraqueza e, principalmente, por compreenderem que as idas a
estas salas não resultarão em sanções graves, a não nos casos de expulsões –
procedimento não recomendado pedagogicamente.
“No entanto, o aluno queria sentir a firmeza do
professor. E como não sentiu, o que vai acontecer? Muito provavelmente, esse
aluno vai, de novo, ter um outro ato indisciplinar para sentir essa segurança.
Se de novo o professor o encaminhar, entra-se num ciclo
vicioso...” (Vasconcellos, 2013)
A partir disso nascem outros conflitos, por exemplo, entre professor e
coordenador ou diretor. Ao encaminhar o aluno, o professor espera que uma
punição rígida lhe seja atribuída. Em muitos casos, o professor já encaminha o
aluno com um pedido de suspensão. Porém, não seria essa a intenção do aluno?
Portanto, a suspensão não é uma atitude educativa e, por isso, não é a mais
recomendada. Se a direção não suspende esse aluno, o professor se sente
ofendido, sem importância; enquanto isso o aluno socializa com os colegas a
irrelevância do professor, que cai no abismo da insignificância, perdendo toda
a autoridade que a função lhe permite.
O que fazer:
Se o aluno quer sentir a sua firmeza, mostre firmeza a ele. Aja com
disciplina. Se possível, insira doses de humor em suas aulas para descontrair o
clima. Não exagere nas doses de disciplinas, pois a ideia dela é mediar o
conflito que existe em sala de aula. Converse com os seus colegas de trabalho;
pergunte se os casos acontecem também com eles; reflita sobre si mesmo; monte
rodas de diálogos com os seus alunos; procure compreender o que de você perturba
os alunos e corrija esses atos; seja amigo dos alunos, mas mantenha a postura
profissional. Lembre-se! Os conflitos ocorridos em sala de aula deverão ser
corrigidos em sala de aula.
Indisciplina
e Escola
A escola deve, principalmente, ter um Projeto Político Pedagógico que
contemple as questões da indisciplina. Para tanto, a escola
deverá convocar as famílias, os alunos, os professores, ou seja, toda
comunidade escolar para a elaboração do PPP; deve criar possibilidades de
debates com os atores da educação; deve conceber regras juntamente com os
envolvidos, pois desta forma facilita o seu cumprimento.
O PPP da escola deverá estar à disposição de todos para consulta.
Além dele, o currículo escolar deverá contemplar os valores necessários
à boa convivência entre professores, alunos, direção, coordenação,
família, pessoal de apoio, enfim, ao bom convívio e harmonia entre todos os
envolvidos na promoção da educação e inserção do indivíduo na sociedade.
Além disso, sempre que possível, a escola deverá promover palestras
com especialistas, que debaterão o assunto com a propriedade de quem entende
mais profundamente do assunto. Outro fator importante é a promoção da
formação continuada dos professores, onde eles poderão adquirir conhecimentos
seguros para liderarem os conflitos adequadamente e contribuírem para a
elevação da pacificidade dentro e fora da sala de aula. Prioridade também é
possibilitar, sempre, o diálogo entre todos os envolvidos com a educação.
O que fazer:
A escola deve promover atividades que ofereça aos educandos a
possibilidade de interação com todos, assim possam obter conhecimento de como
agir na sociedade. A escola é o intermédio para orientar alunos, pais e
comunidade, com isso deve ter por objetivo oferecer uma educação com base na
socialização. O aluno deve ter consciência da importância da escola para seu
futuro e o quão seus professores são essenciais para seu desenvolvimento.
Indisciplina
e Aluno
O aluno é o núcleo do processo educativo. É a partir dele e
para ele que toda a educação é pensada. Infelizmente, este aluno tem
protagonizado cenas de horror nas escolas, através da manifestação da indisciplina.
Boa parte dos alunos da atualidade perdeu o foco dos estudos, talvez por
esperarem algo diferente da escola, talvez pelos ensinamentos da sociedade do “pode
tudo”, talvez pelo fracasso da família, ou ainda pela “inadequação” da escola.
O importante frisar é que o aluno está cada vez mais distante das boas questões
educacionais, menos comprometido com a própria formação e muito mais agressivo.
O momento é de reflexão, é de pensar que a vida parece ser
muito longa, mas quando menos esperamos já estaremos na velhice sem ao menos
perceber que o tempo passou tão depressa. É preciso conscientizar-se das
responsabilidades que a vida nos traz. É preciso planos, metas, organização. Um
presente desregrado transforma-se num futuro instável. O tão importante aluno
do qual nos referimos precisará tomar um “choque” de realidade; ele precisa
acordar e perceber que não vive num mundo de ilusões, de superficialidades;
terá que perceber a indisciplina como a indicadora de um fracasso futuro, mas
não tão distante. Seria um bom caminho para o professor, trilhar o caminho da
conscientização do aluno.
O que fazer:
Conscientizar os alunos da importância da escola e como será fundamental
para seu futuro. Nós como professores temos que estimular os alunos para que
tenham prazer em estudar e não obrigar a fazer algo que não gostam, pois quando
fazemos algo que não gostamos não fazemos com perfeição. Os conteúdos devem ter
significado para eles e assim oferecer de forma convidativa para que queiram
aprender. A indisciplina é marcada pelo comportamento agressivo, ou seja, se
tratamos de forma agressiva consequentemente seremos tratamos mal, é reciproco.
Vamos ver os alunos de outra forma, procurar dialogar mais e assim ver quais
problemas estão relacionados ao seu mau comportamento e não criticar, apelidar
ou rotular esse aluno. Faça uma boa intervenção para compreender o que está
errado, pois muitas vezes somos os culpados desse comportamento e não enxergamos.
Referência bibliográfica: VASCONCELLOS, Celso. Disciplina e
Indisciplina na Escola. Revista Presença Pedagógica, Belo horizonte, MG. v. 19,
n. 112. P. 5-13, set/2013
Espero que tnham gostado do post.
Beijinhos*
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